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Foto e biografia:
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TOLENTINO MIRAGLIA
( Minas Gerais -Brasil )

( 1890 – 1958 )

 

Tolentino Miraglia, foi um escritor, professor e médico ítalo-brasileiro.
Nascido em 5 de março de 1890, na pequenina cidade de San Nicola Arcella – situada no litoral tirreno, na transição entre as regiões da Calábria e da Basilicata, na província italiana de Cosenza –, Tolentino Miraglia recebeu esse nome de batismo em homenagem ao santo medieval Nicola Tolentino.
Filho de José Nicola Miraglia, chegou ao Brasil com a família em 1899, quando estava com nove anos de idade, residindo em Jaú e Bocaina, onde aprendeu a Língua Portuguesa, e passou a colaborar com os parentes em atividades comerciais que envolviam frequentes deslocamentos entre os dois países.
Ao retornar de uma dessas idas à Itália, em 1908, começou a trabalhar com o irmão Braz Miraglia, proprietário da Destilaria Miraglia. Em seguida, Tolentino fez o curso de Contabilidade com o professor Felipe Lebeis de Aguiar. Anos depois, ele se tornou professor de vários brasileiros ilustres, que atuaram como Ministros de Estado, Deputados, Procuradores Gerais da República, entre outros postos. Lecionou na Academia Horácio Berlinck e, depois, na Escola Normal Livre São José, na disciplina de Biologia e Ciências. Fundou e participou de vários jornais em Jaú e Belo Horizonte, além de ter sido presidente do Centro Operário de Jaú.
Em uma de suas visitas ao seu país natal, casou-se, aos vinte anos, com uma prima italiana de dezessete, Maria Miraglia Schiffini, mas não tiveram filhos.
Aos 26 anos de idade, Tolentino Miraglia tomou a decisão de realizar seu grande sonho: tornar-se médico. Para isso, submeteu-se a exames que o habilitaram a matricular-se no Ginásio Mineiro e, a seguir, a cursar a universidade (frequentada inicialmente em Belo Horizonte); aos 35 anos, graduava-se médico pela atual Faculdade de Medicina da UFRJ. Terminado o curso, voltou a Jaú, onde clinicou por mais de 20 anos.
De formação autodidata, apoiado na leitura de tudo aquilo que lhe chegava às mãos, colecionou durante várias décadas suas próprias traduções da poesia de autores brasileiros, recolhidas, em 1955, em um volume de 164 páginas editado em São Paulo pela Livraria Nobel, com o aval do especialista Giulio Dávide Leoni, membro honorário da Academia Paulista de Letras — volume modestamente intitulado Piccola Antologia Poetica Brasiliana, incluído na Biblioteca di Studi Italiani dirigida por Leoni.
Chegou a produzir, até meados do século XX, quatro volumes de poesia em Língua Portuguesa e duas coletâneas de versos (dele próprio) em Língua Italiana; teve editados ainda um volume de contos infantis, peças de oratória e crônicas dispersas por diferentes publicações periódicas.
O Doutor Tolentino Miraglia, sobre quem o poeta Nóbrega de Siqueira disse ser um italiano "verde-amarelo", viveu no Brasil cinquenta e nove anos, participando dos nossos anseios, vibrando com todos nós nas horas de alegria ou sofrendo ao nosso lado nos momentos de amargura.
Já sexagenário, pressentindo a morte, o médico-poeta decide recompilar sua produção poética mais íntima para falar-nos dessa companheira de jornada e dos demais entes queridos (aí incluídos parentes, colegas e amigos), assim como da Calábria natal. Esse derradeiro livro (editado em Bauru pelas Oficinas Gráficas das Tipografias e Livrarias Brasil, em 1956) foi significativamente denominado Spinnu, vocábulo do dialeto calabrês de significado bem próximo da "saudade" portuguesa.
Tolentino Miraglia faleceu em Bauru – cidade em que clinicava e na qual chegou a ocupar o cargo de vice-cônsul da Itália, no início da década de 1950 – em 22 de dezembro de 1958.

 

SANTOS, Diva Ruas.  Antologia da Poesia Mineira.  Belo Horizonte: Ed. Cuatiara, 1992.        192 p.  Capa e montagem Maxs Portes. Editora: Diva Ruas Santos    - Apresentação: Alberto Barroca. 
Ex. bibl. Antonio Miranda 

 

AO BRASIL

Banhei-me à luz de plenilúnios teus,
nas noites tropicais, quando esta vida,
Deixando a terra, me sublima aos céus,
numa contemplação de Fé ungida.

E, no alto, a cintilar a cruz de Deus,
Simbolizando o amor, no espaço erguida,
A inebriar minh´alma e os olhos meus,
A uma prece sincera me convida.

E enquanto assim minh´alma se extasia,
Enlevada no sonho e na poesia,
Ferve o trabalho construtivo e ordeiro.

E sinto em torno a mim o ardor fecundo
De um povo a construir um novo mundo,
na imensidão do Império Brasileiro.

 

 

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Página publicada em agosto de 2022                                    

 


 

 

 
 
 
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